Os médicos executivos atuam tanto na área de saúde ligada diretamente com o paciente, quanto na gestão das clínicas.
A medicina vive um momento de mudança. O trabalho dos médicos cada vez mais soma-se ao trabalho de gestão. Médicos empreendedores e executivos são cada vez mais comuns. Entretanto, o aumento das funções faz necessário a adaptação do médico ao meio empresarial.
Veja 5 características necessárias para médicos executivos:
1. Capacidade do médico executivo de adotar uma abordagem focada no paciente.
Para a liderança médica ser eficaz, uma das capacidades essenciais é a de ter uma abordagem focada no atendimento do cliente, nesse caso, o paciente. Olhar pela perspectiva do paciente é fundamental para otimizar o atendimento. O paciente é a pessoa mais importante no ambiente médico. Sem ele, a clínica médica não existe. Focar o atendimento no paciente, significa acompanhar toda a assistência que o mesmo tem. Desde o momento em que entra pela porta, é atendido na recepção, até o momento em que vai embora. Todo o tempo que o paciente passa dentro da clínica é importante para a sua experiência e para o aprimoramento da liderança médica. Uma vez que a melhora pode ser constante.
2. Capacidade de otimizar o trabalho do corpo clínico.
Sendo a primeira prioridade do médico executivo o paciente, a gestão vai sempre passar os direcionamentos para o corpo clínico, e assim medicar a assistência do paciente. Sendo assim, a segunda prioridade dos médicos executivos é a de evitar que o corpo clínico entre em um estágio de burnout, ou seja, esgotamento por excesso de trabalho. O médico gestor deve ser muito cuidadoso com seu corpo clínico, pois ele é a “frente de batalha” da clínica, portanto gerir a saúde e o funcionamento dele como um todo é primordial para a liderança médica.
3. Capacidade de criar um ambiente colaborativo que valoriza o alinhamento entre a empresa e o médico.
A liderança médica envolve o planejamento e o desenvolvimento de um ambiente acolhedor e hospitaleiro para os médicos da clínica. O líder não pode se distanciar da clínica por fazer parte de um setor corporativo. É relevante que o médico executivo se coloque no ambiente e compreenda a importância de um ambiente saudável.
O médico executivo também fica responsável por permitir que os médicos da clínica tenham voz ativa para falar sobre suas ideias. Afinal, é ele que está no dia a dia da clínica. Além disso, fornecer recursos quando necessário.
4. Capacidade de mudar de autonomia para alinhamento.
Os médicos executivos que trabalham na profissão há certo tempo, tem o costume de serem guiados pela autonomia. Ou seja, estão acostumados a tomarem decisões sozinhos e não necessariamente ter a habilidade de trabalhar em equipe.
Quando se fala em alinhamento, se pensa em um trabalho em equipe para o bem da clínica como um todo. Mudar esse posicionamento de autônomo para alinhado requer da liderança médica a definição dos objetivos de onde a gestão pretende chegar.
Prezando sempre por Qualidade, Segurança, Experiência do Paciente, Envolvimento da Equipe e do Médico e o Equilíbrio Financeiro. Mantendo essas cinco características em mente é possível identificar as métricas de onde a gestão quer ir, e em equipe, alinhar as estratégias para alcançá-las.
5. Capacidade de acolher rupturas inovadoras e se adapta a mudanças.
Pensando na clínica como uma empresa, é fundamental que os processos e produtos oferecidos sejam sempre atualizados para o que existe de mais moderno.
Os médicos executivos devem ter em mente que a experiência do paciente e dos médicos do corpo clínico podem sempre ser aperfeiçoadas. A busca por melhorias deve ser constante. A incorporação da tecnologia no setor médico é um exemplo de como as inovações surgem a todo momento. Estar apto para se adaptar a essas mudanças é um foco imprescindível da liderança médica.